quinta-feira, 30 de junho de 2011

O vinho uruguaio já tem hotel temático


Em sintonia com os países que mais produzem vinhos no mundo, o Uruguai já conta com um hotel temático para promover os vinhos uruguaios. Trata-se do My Suites Montevideo Boutique Hotel & Wine Bar, que foi inaugurado recentemente pelo Presidente da República, José Mujica.
O hotel, de propriedade da família Rener, está localizado no bairro de Pocitos e tem quatro estrelas. Cada andar foi dedicado a um exportador de vinho. Assim, de acordo com a localização do apartamento, o hóspede encontrará um minibar no seu quarto com produtos da adega homenageada, bem como mais informações sobre a vinícola.
O hotel também dispõe de um bar de vinhos com telhado de vidro e vista para um jardim interno, onde se podem degustar os vinhos uruguaios em ambiente muito agradável, especialmente na primavera.
Todas as noites, os hóspedes podem participar de um tour de degustação de vinhos do sommelier do hotel. Os produtores homenageados pelo My Suites Montevideo são Ariano, Marichal Bodega, Bodegas Castillo Viejo, vinho estabelecimentos Irurtia, Giménez Méndez, Grupo Traversa, Juan Toscanini e Hijos SA, Los Cerros de San Juan, Vinos Finos H. Stagnari e Viña Varela Zarranz.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

E por Falar em Vinhos: a Serra Catarinense e a produção que veio do frio

Os vinhedos plantados a mais de mil metros acima do nível do mar dão origem a uma bebida original: os vinhos de altitude, oriundos da Serra Catarinense. Nesta região, os frutos têm outra qualidade por que o frio faz o serviço. 18 graus separam as temperaturas entre o dia e a noite e contribuem para dar personalidade à produção local. Por exemplo: a cabernet sauvignon produz um aroma mais intenso do que em outras regiões brasileiras, como afirmam enólogos das vinícolas da Serra.
Neste episódio do programa E por falar de Vinhos, do Canal Rural, que foi ao ar no dia 5 de junho de 2011, o município de São Joaquim é o foco. Saiba mais sobre as atividades das vinícolas Pericó e Villa Francioni e conheça os detalhes da produção do ice wine brasileiro.

E por falar em Vinhos: aos domingos, às 20 horas, no Canal Rural

SAIBA MAIS:
Vinícola Villa Francioni
Vinícola Pericó
Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos finos de Altitude - Acavitis

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E por falar em vinhos: os segredos da bebida produzida na Campanha Gaúcha

Candiota, Dom Pedrito e Bagé. A produção de vinhos de três localidades da chamada Campanha Gaúcha é o destaque do Programa "E Por Falar em Vinhos", apresentado no dia 12 de junho no Canal Rural.
A Campanha é a 2ª maior região produtora de uvas viníferas do País ficando atrás apenas da Serra Gaúcha e representa 15% da produção nacional.
Por ali passa o Paralelo 31, objeto de estudo na década de 70, que constatou as condições ideais de clima e solo para a vitivinicultura.
Em Candiota, o programa aborda a produção da Miolo na região do Seival, antigo palco de batalhas durante a Revolução Farroupilha. O destaque é s experiência da vinícola com as casta portuguesas.
Em Dom Pedrito, a vinícola Guatambu - Estância do Vinho procura aproveitar ao máximo as qualidades do clima e do solo para incrementar a sua produção de vinhos.
Em Bagé, na Cabana da Maya, produtora de queijos, acontece um exemplo de harmonização com os vinhos da Vinícola Peruzzo: um chardonnay e um cabernet sauvignon.
Assista à reportagem.


"E por falar em Vinhos", Canal Rural, aos domingos às 20 horas

SAIBA MAIS:
Embrapa: um projeto de desenvolvimento vitivinícola para a Campanha do RS
Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha

domingo, 12 de junho de 2011

Curiosidade: definições de enologia, enólogo, enófilo e sommelier


Tire suas dúvidas sobre alguns personagens do mundo do vinho.

O que é enologia?
Enologia é a ciência que estuda todos os aspectos relativos ao vinho, desde o plantio, escolha do solo, vindima, produção, envelhecimento, engarrafamento etc.

O que é enólogo ?
Indivíduo que tem conhecimentos de enologia; formado em faculdade de enologia.
O enólogo é um profissional com características definidas, dentro do perfil ocupacional da indústria, voltado acentuadamente para as tarefas de coordenação, supervisão e execução. Sendo este o responsável pela produção e por todos os aspectos relacionados com o produto final (vinificação, estabilização, envelhecimento, engarrafamento, controle de qualidade, análise química, análise sensorial dos vinhos,  conhecimentos sobre viticultura, marketing do vinho, vendas etc).
 No dia 29 de maio de 2007, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Lei 11.476 que regulamenta as profissões de Enólogo e Técnico em Enologia.

O que é enófilo?
Apreciador e estudioso de vinhos (ou amante), aquele que se dedica profissionalmente ou por prazer a estudar o maravilhoso mundo dos vinhos
Enófilo é diferente de Enólogo, devido ao fato de que o Enólogo é um graduado que cuida da elaboração de vinhos, sendo que o enófilo é apenas um apreciador, e não pode elaborar vinhos.
  
O que é sommelier?
É um profissional especializado, conhecedor de vinhos e todos os assuntos relacionados ao serviço deste . O sommelier trabalha em restaurantes e lojas de vinhos, elaborando carta de vinhos, orientando os clientes a respeito da melhor escolha para acompanhar os alimentos escolhidos, além de cuidar da compra, armazenamento e rotação de adegas.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Avaliação Nacional de Vinhos - Chegou o momento de avaliar a Safra 2011

A Associação Brasileira de Enologia (ABE) deu início ao criterioso ritual de mais uma edição da Avaliação Nacional de Vinhos. Depois de ter enviado às vinícolas brasileiras o Regulamento Oficial que explica cada fase do evento, agora a entidade se prepara para receber as inscrições das amostras da safra 2011 que devem ser feitas pelas vinícolas até o dia 22 de junho, impreterivelmente.
 Em sua 19ª edição, a Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2011 se constitui no maior momento de celebração e promoção do vinho brasileiro. A análise de amostras de vinícolas de diversas regiões produtoras do Brasil permite chegar a um diagnóstico da qualidade da safra e da própria evolução do setor na elaboração de vinhos e espumantes.
 Este trabalho vem sendo desenvolvido desde 1993, quando foi realizada a primeira edição do evento. De lá para cá, 3.753 amostras já foram analisadas. Nesses 18 anos, 10.417 apreciadores de vinhos marcaram presença degustando na taça a representatividade de cada safra. A contribuição do evento para a evolução do setor é indissociável, pois é a partir dele que se pode avaliar a performance de cada safra em diferentes regiões e com distintos terroirs. E é justamente por isso que o evento tem participação direta nesta construção, servindo de termômetro e apresentando o panorama do setor vitivinícola brasileiro.
 Única e com distinção mundial, a Avaliação Nacional de Vinhos representa a pré-estréia dos vinhos da safra. As amostras, depois de coletadas nas vinícolas a partir do dia 11 de julho, serão avaliadas por um grupo de enólogos brasileiros durante o mês de agosto e, posteriormente, colocadas para apreciação de um público de mais de 700 pessoas no dia 24 de setembro no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Neste dia serão conhecidos os 16 vinhos representativos da Safra 2011. As inscrições para participação no evento estarão abertas na segunda quinzena de agosto.

Como se inscrever?

As inscrições podem ser feitas em seis categorias de vinhos: Branco Fino Seco Não Aromático, Branco Fino Seco Aromático, Rosé Seco, Tinto Fino Seco, Tinto Fino Seco Jovem e Vinho Base para Espumante. Somente são aceitos vinhos de viníferas, secos, 100% varietais (exceto vinho base para espumante e rosé), da safra 2011. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site http://www.enologia.org.br/.

Conheça os resultados da avaliação de 2010
(clique na imagem)

Vinho chileno chega à Europa mais barato que ao Brasil

Do blog Radar Econômico (Sílvio Guedes Crespo)

Os vinhos chilenos e argentinos chegam ao consumidor nos Estados Unidos e na Europa a um preço mais baixo do que no Brasil (veja tabela ao final deste texto).
Em alguns casos, a mesma garrafa em um supermercado de São Paulo custa o dobro ou até o triplo do preço praticado em lojas de Nova York, conforme mostra um levantamento feito pelo professor de economia Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, colaborador do blog Radar Econômico.
O chileno Casillero del Diablo com a uva Cabernet Sauvignon, por exemplo, é vendido por R$ 36,27 no supermercado Pão de Açúcar em São Paulo. Em Londres, a garrafa sai por R$ 15,76 na varejista Tesco, menos da metade; em Nova York, a Zackys vende por R$ 14,50.
Uma garrafa do argentino Los Cardos Cabernet Sauvignon custa R$ 11,27 ao consumidor de Nova York. Já para os paulistanos, a mesma mercadoria vinda da Argentina, um país vizinho e pertencente ao Mercosul, é vendida a R$ 32,90.
Importadores ouvidos pela reportagem apresentam dois grandes motivos para o alto preço do vinho: os impostos e a burocracia. Antoine Zahil, sócio-proprietário da Zahil Importadora, conta que a cascata de impostos sobre o vinho trazido do Mercosul equivalem a 80% do preço que ele paga. Isso ocorre porque a tarifa de importação para países da região é zero, mas há outros impostos como IPI, ICMS e PIS/Cofins.
Para vinhos de outros países, Zahil paga uma tarifa de importação de 27%. No total, os impostos são 115% do preço que ele paga sobre o produto. Nos EUA, os importadores pagam cerca de 9% sobre os vinhos importados.
“Se o governo federal e o estadual tirassem os impostos, eu reduziria o preço em 60%”, afirma o importador. “Um bom vinho que hoje custa R$ 50 ficaria em pouco mais de R$ 20”, acrescenta.

Burocracia

Para o vice-presidente de Vinhos da Associação Brasileira de Bebidas, Ciro Lilla, a lentidão do processo de importação também afeta o preço do produto. “Nos EUA, o importador pede um vinho chileno e já recebe um mês depois. Aqui, demora quase seis meses. Imagine o capital de giro que precisa ter para começar a vender só depois de seis meses”, afirma Lilla, que é proprietário da importadora Mistral.
O transporte demora menos de dois meses, mas o importador precisa esperar dois meses, segundo Lilla, para receber a licença de importação e outros dois para que o produto seja liberado na alfândega. Ainda, desde 1º de janeiro, existe a necessidade de colocar um selo de comprovação de pagamento de IPI em todas as garrafas, gerando mais um custo. Um contêiner carrega mil caixas, cada uma com 12 garrafas. “Precisa abrir caixa por caixa para colocar os selos em cada uma.”

Competitividade

O economista Paulo Rabello de Castro afirma que também a produção de vinhos nacionais encontra problemas devido às taxas. “Um produto só melhora a qualidade quando aumenta o volume de produção. O volume só aumenta se o preço for mais competitivo, e só chegaremos a isso com redução da carga tributária e melhora do câmbio”, afirma.
Por enquanto, os impostos e o câmbio fazem com que o vinho nacional não consiga competir internacionalmente, inclusive com produtores pouco tradicionais, como África do Sul e Austrália, observa o economista.

Compare

Veja os preços de vinhos em diferentes cidades. Os valores estão sempre em reais e se referem a garrafas de 750 ml. Ao lado do nome da cidade, o do supermercado pesquisado.

Casillero del Diablo Cabernet Sauvignon (Chile)
Londres – Tesco 15,76
Madri – Corte Inglês 21,02
Nova Yorl – Zackys 14,50
São Paulo – P.Açúcar 36,27

Terrazas de los Andes Cabernet Sauvignon (Argentina)
 Madri – Corte Inglês  30,68
 NY – Hollidaywine  16,11
 São Paulo – P .Açúcar  39,48

Dona Paula Malbec (Argentina)
NY-MarketLiquor 11,27
SP-P.Açúcar  33,16

Luigi Bosca Reserva Pinoir Noir (Argentina)
NY – MarketLiquor 24,18
 São Paulo – P.Açúcar  85,49

* Alcides Leite é professor de economia na Trevisan Escola de Negócios e inspetor-analista concursado do Banco Central. Autor de “Brasil: A trajetória de um país forte”. No Radar Econômico, ele compara preços de produtos no Brasil e no exterior, na série “Quanto custa”, às quartas-feiras.