quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Associação Proteste: vinhos bons na taça e no bolso

ASSOCIAÇÃO PROTESTE preparou um teste especial para você escolher a bebida para a companhar a ceia de Natal. As escolhas certas têm preços a partir de R$ 13 são harmoniosas no sabor e no aroma. Publicado na Revista PROTESTE, EDIÇÃO Nº 109 - DEZ/11.

Se você ainda acredita que vinho bom tem que ser caro, precisa acompanhar nosso teste exclusivo com mais de 30 vinhos tintos nacionais, europeus e sul--americanos com preços acessíveis que não vão onerar seu orçamento de Natal. Tem escolha certa a partir de R$ 13 e fácil de encontrar nas grandes redes de supermercados. Acompanhe os resultados de nossas análises e escolha aquele que melhor se encaixa no seu bolso e gosto.
Começamos nosso teste conferindo se os rótulos das bebidas continham as informações obrigatórias, como lote, data de validade e graduação alcoólica, por exemplo. Os vinhos que trouxeram informações extras para o consumidor tiveram melhores notas.
A maior parte dos rótulos é completa, com informações adicionais importantes para o consumidor. Apenas a marca Casillero Del Diablo (Chile) não informa como o produto deve ser conservado. E como o vinho é uma bebida com prazo de validade indeterminado, é fundamental que o consumidor seja orientado sobre como conservá-lo corretamente para que tenha o consumo adequado da bebida. Não custa frisar que o ideal é manter o vinho em local fresco, seco, sem trepidações e ao abrigo da luz, preferencialmente na posição horizontal para que a rolha não resseque permitindo a entrada de ar na garrafa, o que pode oxidar a bebida.

Acidez afeta sabor e aroma

Principal elemento do vinho, o álcool tem forte in-fluência na qualidade, na conservação e no valor comercial da bebida. Em nosso teste, medimos o teor alcoólico real dos produtos. E nenhum dos vinhos testados apresentou diferença significativa entre o teor alcoólico declarado e o medido.
Ao lado do álcool, outro item importante na composição de um vinho é a sua acidez. Ela influencia no aroma, no sabor e na conservação. Em geral, tipos diferentes de ácidos são responsáveis pela acidez total dos vinhos, que por sua vez é formada pela acidez fixa e acidez volátil. Nesse quesito, todos os vinhos foram bem avaliados. A exceção foi o Finca Flichman  (Argentina), que apresentou acidez um pouco elevada e acabou sendo classificado como "fraco" nesse parâmetro.

Alguns aditivos garantem a conservação

Na sequência de análise, avaliamos a concentração de dióxido de enxofre, fundamental para a conservação do vinho. Por ser uma bebida que não se conserva e com o tempo se transforma em vinagre, é preciso adicionar compostos que ajudem a aumentar seu tempo de vida e, consequentemente, a manter o sabor.
Mas a dose de dióxido de enxofre adicionada deve ser bem calculada: em quantidades excessivas, o vinho adquire odor e sabor desagradáveis. Já em quantidade insuficiente, envinagra rapidamente. Em nosso teste, seguimos a legislação europeia, que é mais rigorosa a esse respeito, e nenhum dos vinhos testados ultrapassou o limite estabelecido.
A exceção é o Bolla (Itália), que ficou com pontuação fraca por apresentar dióxido de enxofre muito próximo do limite europeu. Avaliamos também a quantidade de ácido sórbico nas bebidas, aditivo que tem propriedade fungicida. Em doses muito baixas, esse ácido não apresenta propriedades antimicrobianas, limitando-se apenas a evitar a refermentação dos vinhos. Por isso, consideramos desnecessária sua utilização.
O resultado do teste revelou que apenas o vinho Marcus James (Brasil) possui ácido sórbico em sua composição, mas dentro do limite da legislação.
Nosso teste não acaba por aí. Submetemos os vinhos à análise de fermentação malolática. Ela é necessária nos vinhos tintos por proporcionar estabilidade biológica, diminuir a acidez e conferir maciez e equilíbrio, além de contribuir para a complexidade aromática da bebida. A fermentação malolática ainda auxilia a regular a qualidade das safras, diminuindo o excesso de acidez presente nos vinhos de safras de má qualidade.
Apenas o vinho argentino Nieto Senetiner apresentou fermentação malolática incompleta, o que, contudo, não influenciou na nota final da análise sensorial.
Por fim, verificamos a concentração de açúcar. É ela quem define a classificação do tipo de vinho: seco, meio seco e doce (ou suave). O Gato Negro (Chile) foi o único que apresentou discrepância entre o teor de açúcar medido e sua denominação. Esse vinho se denomina seco, mas possui concentração de 6,5 g/l de glicose, teor característico de vinho meio seco.
No geral, nosso teste não mostrou muitos problemas com os vinhos. A grande diferença ocorreu na análise sensorial feita por um painel de consumidores e outro de sommeliers E, quanto aos preços, concluímos que as adegas e importadoras cobram valores mais em conta do que os hipermercados e supermercados.

COMO FIZEMOS O TESTE

Levamos para o laboratório, 34 marcas de vinho nacionais, chilenos, espanhóis, portugueses, italianos e argentinos, para verificar qualidade e rotulagem.

ROTULAGEM
Verificamos se os rótulos traziam, além das informações obrigatórias, orientações adicionais, como modo de conservação e dicas de consumo.

ANÁLISE SENSORIAL
Um painel de consumidores e um painel de sommeliers provaram os vinhos e deram suas notas. Aos especialistas, coube a tarefa de buscar defeitos nos produtos. Para os consumidores, a bebida foi servida uma única vez, com temperatura em torno de 17oc. Foram oferecidos água mineral e biscoito simples para a limpeza do palato entre uma amostra e outra.

CONSUMIDORES E SOMMELIERS TÊM PERCEPÇÕES DIFERENTES

A avaliação que se faz de um vinho é, sem dúvida, subjetiva. E isso ficou evidente no resultado de nossa análise sensorial.  Enquanto os especialistas buscavam por defeitos nas bebidas, os consumidores avaliaram a aceitação quanto ao aroma e sabor.
Alguns vinhos foram bem aceitos pelos sommeliers e nem tanto pelos consumidores, o que não é estranho de acontecer. Enquadram-se nesse caso: Morandé Pionero, Dal Pizzol, Concha Y Toro, Gato Negro, Porca de Murça, Periquita e Marcus James Reserva Especial.
Em sentido contrário, o único vinho que agradou ao paladar dos consumidores, mas não se saiu muito bem com os especialistas foi o chileno Luis Felipe Edwards.
Também tiveram aqueles que agradaram aos dois, consumidores e sommeliers, entre eles: Grão Vasco, Santa Helena Reservado, Grandjó, Latitud 33, Santa Carolina, Paulo Laureano, Aurora Varietal e Nieto Senetiner. Todos eles receberam conceitos muito bom ou bom de ambos. Vale registrar que, durante a análise, alguns sommeliers perceberam um odor desagradável no Salton Classic (Brasil), que pode ser causado por uma levedura presente na casca da uva.
Na opinião dos especialistas, o melhor vinho foi o Nieto Senetiner, considerado equilibrado, com sabor e aroma intensos e persistentes.



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Composto presente no vinho tinto melhora metabolismo

 A ingestão de uma pequena dose de um suplemento contendo resveratrol - poderoso antioxidante presente na uva -, o metabolismo muda para melhor. Os efeitos parecem ser tão bons quanto a restrição calórica. A descoberta, publicada na Cell Metabolism, é a primeira a relatar os efeitos clínicos do composto.
O resveratrol, poderoso antioxidante presente na uva, protege contra danos da gordura
"Nós avaliamos vários efeitos, mas todos apontavam para melhoras no metabolismo", diz Patrick Schrauwen, da Maastricht University.
Estudos anteriores em animais tinham mostrado que o resveratrol melhora a resistência à insulina e protege contra os efeitos maléficos de uma dieta rica em gordura, entre outros benefícios. Os efeitos são comparáveis ao que ocorre quando animais ou humanos restringem significativamente o número de calorias ingeridas _ dieta que atrasa o aparecimento de doenças relacionadas à idade. Além disso, nenhum estudo tinha examinado sistematicamente os efeitos metabólicos do resveratrol em pessoas.
Os pesquisadores ofereceram suplementos dietéticos contendo 150 mg de resveratrol puro a 11 obesos saudáveis durante um mês. Eles mediram parâmetros como quantidade de energia gasta, estoque e queima de gordura, entre outros.
Os dados revelaram que, assim como a restrição calórica, o consumo do suplemento de resveratrol reduziram o gasto energético e melhoraram o metabolismo. Essas mudanças incluem uma taxa metabólica mais baixa, menos depósito de gordura no fígado, níveis mais baixos de açúcar no sangue e queda na pressão arterial.
Aparentemente, tais efeitos não foram acompanhados de efeitos colaterais.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vinho bom não é vinho caro, é o que você gosta



Gabrielle Cristófaro, gerente de vinhos finos da VCT Brasil, explica como a crise mexeu com o mercado da bebida no país. (Fonte: O Estado de São Paulo)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lançamentos para festejar o aniversário da Embrapa Uva e Vinho

O lançamento de uma série de produtos marcou a comemoração solene dos 36 anos da Embrapa Uva e Vinho, no dia 7 de outubro, na sede da unidade de pesquisa, em Bento Gonçalves. Também aocnteceram homenagens aos 'amigos da Embrapa', a funcionários e à formalização de parcerias. Participaram o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde (PT), o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Pedro Arraes, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Caio Tibério Dornelles da Rocha, entre outros.
Em relação aos lançamentos, foram apresentados: três novas bebidas (uma sidra, um suco de maçã e um vinho frisante) com a marca Embrapa, um software voltado à viticultura e uma publicação internacional.
A sidra e o suco, elaborados com maçã da cultivar Gala, compõem projeto da Embrapa Uva e Vinho, cuja proposta é apresentar alternativas para a diversificação e agregação de valor na cadeia produtiva da maçã. O frisante, feito de uva Moscato, foi desenvolvido no âmbito do projeto que visa à conquista de uma Indicação Geográfica para os vinhos de Farroupilha, em uma parceria entre Embrapa e Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin). As bebidas serão comercializadas pela Embrapa Uva e Vinho (contato: (0xx54) 3455.8088, com Beatriz Rigon) e pela Associação dos Empregados da unidade.
O software é o Uzum, sistema especialista que, com o auxílio de imagens, faz perguntas ao usuário sobre o estado da videira, processando as respostas e permitindo um rápido diagnóstico inicial de doenças, pragas e distúrbios nutricionais. Conta também com uma breve descrição dos principais distúrbios da cultura e referências a estudos mais detalhados. Em conjunto com outras fontes de informação, pode ser usado por técnicos e produtores para auxiliar no manejo da videira. O sistema já está disponível livremente, via Internet, no endereço http://www.cnpuv.embrapa.br/tecnologias/uzum/.
A publicação internacional é a 'Embrapa Grape & Wine International Relations' ('Embrapa Uva e Vinho: Relações Internacionais'), que apresenta, em 82 páginas, a contribuição da unidade Uva e Vinho para a política de inserção internacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Ela será distribuída a instituições potenciais parceiras de cooperação internacional da Embrapa, no mundo todo.
Homenagens e parcerias - No sentido do estreitamento de relações, contataram da comemoração aos 36 anos da Embrapa Uva e Vinho a prestação de homenagens e a formalização de parcerias.
Com a comenda Amigo da Embrapa Uva e Vinho, foram homenageados o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde, o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) Murillo de Albuquerque Regina e o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Pierre Nicolas Pérès. A distinção aos dois primeiros é justificada pelo incentivo e apoio em prol da pesquisa em vitivinicultura brasileira; a Pérès, em fruticultura de clima temperado. Também receberam homenagens, por seus 35 anos de casa, os empregados da Embrapa Uva e Vinho Dalton Antônio Zatt, Magda Beatriz Gatto Salvador e Volmir Scanagatta.
Quanto à formalização de parcerias, ocorreu a assinatura de contratos de cooperação técnica com a Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis) e com a empresa Proterra Engenharia Agronômica.
A Embrapa Uva e Vinho foi fundada em 26 de agosto de 1975. Um primeiro momento de comemoração do aniversário, neste ano, já se deu - foi no dia 26 de agosto mesmo, mas reunindo apenas empregados.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Três vinhos portugueses entre os 25 melhores do mundo

Fonte: Agência Lusa de Notícias

Bacalhoa Moscatel 2004 foi eleito o melhor vinho licoroso a menos de 10 libras (11 euros), o Tagus Creek Shiraz e Trincadeira 2010 o melhor tinto de mistura a menos de 10 libras e o Madeira Verdelho Henriques & Henriques 15 anos o melhor vinho licoroso a mais de 10 libras.
Sarah Amed, crítica de vinhos, confiou à Agência Lusa que os júris “ficaram encantados” com o Tagus Creek, por ser “muito fresco e aromático e possuir caráter para um vinho deste preço”.
Hugo Campbell, importador e diretor da Ehrmanns wines, explicou que o “estilo português de moscatel está se tornando mais conhecido no mercado britânico pela elevada relação qualidade-preço”, como o Bacalhoa, que custa cerca de nove libras (10 euros), “tendo em conta que estes vinhos são envelhecidos cerca de seis anos”.
Para Humberto Jardim, administrador, este é mais um prêmio internacional para os vinhos da Henriques & Henriques, produtor de vinho da madeira que já tinha sido galardoado há dois anos pela “Decanter”, algo que admite ser “benéfico” para as vendas, embora não tenha quantificado.
Este ano, Portugal igualou a França, país tradicionalmente reconhecido pelos seus vinhos, no número de prêmios internacionais e ultrapassou-a no total de medalhas atribuídas este ano.
O júri da “Decanter” avaliou no total 12.254 candidatos, dos quais 237 foram distinguidos com medalhas de ouro e 118 receberam troféus regionais.
Na lista dos vencedores internacionais estão também vinhos franceses, italianos, espanhóis, neozelandeses, argentinos e, surpreendentemente, um chinês, vencedor do prêmio internacional de tinto varietal Bordeaux a mais de 10 libras.
França foi o país produtor com maior número de prêmios e Espanha concorreu com o maior número de vinhos (1200), que receberam um recorde nacional de medalhas e distinções (828).
Mas a “Decanter” afirma que “o país para o qual os consumidores e especialistas devem estar atentos é Portugal, que ganhou 84% das premiações, incluindo três troféus internacionais”.
Os vencedores dos prêmios partem agora para uma série de provas de vinho em 21 países, incluindo o Brasil, EUA, França, China e Rússia.
Eles ganham também o direito de usar para efeitos promocionais o prêmio e um autocolante nas garrafas com um D dourado correspondente à distinção feita pela “Decanter”, cujo efeito nas vendas é substancial.
Hugo Campbell revelou à Agência Lusa que uma recomendação como esta pode impulsionar as vendas em “30 a 40%”.
A “Decanter” é uma revista especializada em vinhos com milhares de leitores em mais de 150 países, tendo lançado estes prêmios internacionais em 2004.

Confira os resultados na Decanter

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Brasil entra na lista dos dez principais países consumidores de vinho do Porto


O Brasil voltou à lista dos dez principais países consumidores de vinho do Porto, ocupando o décimo lugar - o primeiro é ocupado pela França.
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Segundo o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), o consumo brasileiro desse vinho cresceu 31,2% no primeiro semestre desse ano, o equivalente a 2,4 milhões de euros, comparado ao mesmo período do ano anterior.
Por conta disso, o Brasil voltou a fazer parte dos Top 10 - nós somos responsáveis por 1,8% do total de vendas.
Os países cujo consumo de vinho do Porto mais cresceu foram a Polônia, com 58%, e a Finlândia, com 43%, comparado à 2010.
A França mantém-se no topo da lista, consumindo um volume de 36,5 milhões de euros até junho, seguida da Holanda, com 16,7 milhões de euros e Portugal, com 15,1 milhões.

Blogueiros são desafiados a harmonizar vinho em restaurantes de São Paulo


Fonte: Revista Adega

A Concha y Toro começa hoje uma ação para fazer o Guia del Diablo. Para isso, El Diablo, cansado de frequentar os mesmos lugares há séculos, lançou um desafio a dois blogueiros, que têm a missão de percorrer São Paulo durante um mês, em busca de experiências gastronômicas com o vinho Casillero Del Diablo.
Os blogueiros, Daniel Perche www.vinhosdecorte.com.br) e Alexandre Frias (www.diariodebaco.com.br), irão visitar um bar, restaurante ou balada por dia, e terão de harmonizar o vinho com comidas inusitadas.
Eles chegarão de surpresa nos lugares, e registrarão a passagem com fotos e vídeos, que serão publicados no Guia del Diablo, no Twitter, Facebook e Instagram.
Para acompanhar as visitas ou dar dicas, é só acessar o site do Guia. A jornada começa à meia-noite de amanhã (1 de setembro), e vai até o dia 30 de setembro.

Acompanhe também pelas redes sociais:
Divulgação
O Guia começou a ser elaborado no dia 1/9

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Uma taça de vinho diária ajuda a emagrecer, segundo estudo

Divulgação
Boa notícia: o vinho agora entra na dieta!


Segundo o jornal Daily Mail, uma taça de vinho diária pode impedir que as pessoas engordem, e até mesmo pode ajudar a emagrecer, dizem cientistas.
O álcool sempre foi visto como algo que engorda, devido ao seu alto teor de açúcar, mas novas pesquisas sugerem que uma taça ao dia pode fazer parte de qualquer dieta.
 Observando estudos anteriores eles descobriram que, enquanto quem bebe exageradamente engorda, aqueles que bebem com moderação podem perder peso.
 Uma porta-voz do grupo de pesquisa na Universidade de Navarro, Espanha, disse: "Consumo leve a moderado de álcool, especialmente de vinho, é mais propenso a proteger contra, ao invés de promover, o ganho de peso. Como associações positivas entre álcool e ganho de peso foram descobertas principalmente em estudos com dados sobre níveis maiores de consumo, é possível que um efeito de ganho de peso ou adiposidade abdominal podem só ocorrer com aqueles que bebem sem moderação".
 Eles adicionaram que o tipo de bebida alcoólica pode ter um papel importante em modificar os efeitos do consumo de álcool, como efeitos mais favoráveis geralmente notados entre os que bebem vinho.
 O Fórum Científico Internacional de Pesquisa em Álcool reviu as descobertas e concordou com a maioria das conclusões, particularmente que os dados atuais não indicam claramente se o consumo moderado aumenta o peso.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

AC/DC lançará coleção de vinhos com nome dos seus principais sucessos

Luciano Borborema

Depois de anunciar seu primeiro jogo imobiliário, a banda australiana AC/DC revela que vai lançar uma exclusiva coleção de vinhos com o nome de suas canções mais famosas. Back in black Shiraz, Highway to hell Cabernet Sauvignon, Hells Bells Sauvignon Blanc e You shook me all night long Moscato, são alguns dos nomes das bebidas que vão sair pela adega australiana Warburn Estatede.
Prevista para ser lançada em 18 de agosto, a coleção ainda não teve o seu valor revelado. “Será um fenômeno mundial, mas primeiro queremos nos estabilizar em nosso mercado local", disse Steve Donohue, gerente das destilarias Woolworths.

Vinhos do AC/DC Divulgação


domingo, 14 de agosto de 2011

E por falar em vinhos: da garagem à mesa



Veja como são elaborados os vinhos de garagem e conhecer um autor desses vinhos - o engenheiro mecânico e professor de física Vilmar Bettú, que largou tudo para se dedicar a essa paixão, em Garibaldi (RS).

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pão de Açúcar patrocina dicionário sobre Vinho do Porto

O Pão de Açúcar é o patrocinador do “Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto”, um guia sobre a bebida mais famosa de Portugal. O trabalho é o resultado de seis anos de pesquisa do enófilo e consultor de vinhos do Grupo Pão de Açúcar, Carlos Cabral, e do produtor português Manuel Pintão. A obra chega esta semana às livrarias especializadas de São Paulo.
A ideia de elaborar o “Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto” surgiu em setembro de 2004. Para a tarefa, Cabral convidou Manuel, que, por 53 anos, foi administrador da CasaVinícola Manoel D. Poças Junior, fundada em 1918. Da amizade entre ambos e do interesse pelo Vinho do Porto, nasceu o dicionário temático que reúne mais de 3 mil verbetes e 620 ilustrações em 575 páginas.
“Minha amizade com Manuel Joaquim começou em 1980. Ao longo dos anos trocamos informações sobre a história do vinho, a manutenção das tradições, a comercialização e a melhor participação do Porto no mercado brasileiro”, explica Cabral. “Esse foi um importante ponto de partida para escrevermos o livro e consolidarmos não apenas a nossa experiência no universo dos vinhos, mas toda a paixão que temos sobre o assunto”, completa o enófilo.
Partindo da vasta biblioteca que possuem sobre o assunto, muitas viagens entre Brasil e Portugal e pesquisas em campo, os autores abordam 55 temas no dicionário. Entre os títulos estão as casas produtoras de Vinho do Porto, a história e geografia da região do Douro, o folclore, a legislação e o controle de qualidade da bebida, o comércio local e internacional, as castas cultivadas, além da história e dos tipos.
“O Vinho do Porto merecia esta obra, pois já está entre nós há 400 anos e tem muitos admiradores. É um vinho que caiu no gosto dos brasileiros, que procuram cada vez mais conhecer o produto. No Grupo Pão de Açúcar oferecemos mais de 40 rótulos de vinhos portugueses, a metade deles é do Porto”, explica Cabral.
Fonte: Adnews


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Bagé será sede do VIII Seminário de Vitivinicultura da Metade Sul do RS

O município de Bagé será a sede do VIII Seminário de Vitivinicultura da Metade Sul do RS, que será realizado nos dias 11 e 12 de agosto de 2011 no Clube Comercial. O governador Tarso Genro estará presente na abertura. O objetivo do evento é apresentar temas relevantes para o desenvolvimento tecnológico e setorial da vitivinicultura na Metade Sul do RS, contribuindo para a competitividade dessa atividade integrante da matriz produtiva da região Sul do Estado.
Promoção: Comitê de Fruticultura da Metade Sul do RS, Embrapa Uva e Vinho, SEAPA, Emater-RS, Ibravin, Associação de Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha e  Sebrae-RS
Apoio: Associação Bageense dos Fruticultores

Para mais informações, clique aqui. Confira a programação. As inscrições podem ser feitas por meio do site da Embrapa.

Vapor do Vinho, o novo roteiro turístico da Bahia



Desde maio de 2011, os turistas têm mais uma opção de passeio turístico na Bahia. É o Vapor do Vinho, que percorre o Vale do São Francisco e leva os visitantes para conhecer a beleza do Lago do Sobradinho (segundo maior lago artificial do mundo) e a produção de vinhos da região.
Realizado numa embarcação típica do São Francisco - a Barca Rio dos Currais, o passeio começa em Juazeiro, de onde os turistas seguem por via rodoviária até o atracadouro, a dois quilômetros da represa de Sobradinho. Dali, navegam nas águas calmas do lago, aproveitando a bela vista e as apresentações de música regional.
Com cerca de duas horas e meia de duração, o passeio leva o turista até a Vinícola Ouro Verde, localizada no município de Casa Nova, onde é possível conhecer as plantações de uva e todas as etapas da produção de vinhos, espumantes e brandy.

Parceria

O Roteiro do Enoturismo foi desenvolvido em parceria entre o Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria do Turismo, e a Vinícola Ouro Verde, que pertence ao Grupo Miolo. Segundo o secretário do Turismo, Domingos Leonelli, o novo passeio cumpre o papel de interiorizar o turismo baiano e se torna mais uma boa opção de passeio para quem visita a Bahia. “É um passeio lindo, o lago é deslumbrante e esse certamente será um roteiro turístico muito importante”.
Com capacidade para 50 pessoas, o Vapor tem suas viagens realizadas todos os sábados e percorre um pequeno trecho do Lago de Sobradinho até a vinícola. O passeio custa R$ 80 e inclui uma visita aos vinhedos e à linha de produção das bebidas do Vale do São Francisco.
(Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Governo da Bahia).

A vinícola

O Vale do São Francisco é uma das novas regiões vitivinícolas brasileiras produtoras de vinhos finos. É responsável por 95% da uva de mesa fina cultivada no país. Em virtude do clima tropical semi-árido, com grande incidência de insolação e baixa precipitação de chuvas, os vinhedos são irrigados por sistema de gotejamento.
A Vinícola Ouro Verde está localizada no município de Casa Nova na Bahia. A uma latitude de 08º e a 300m de altitude, o Vale do São Francisco possui uma topografia plana havendo uma predominância de declividades inferiores a 2%.
A vinícola produz anualmente 2 milhões de litros entre vinhos e espumantes em 200 hectares próprios, mais 520 mil litros de vinho para brandy. Até 2018, a estimativa é produzir 5 milhões de litros de vinhos e 4,8 milhões de litros de vinhos para brandies, ampliando os vinhedos para 400 hectares.



Fotos: João Ramos - Bahiatursa

terça-feira, 26 de julho de 2011

Vinho de 200 anos é vendido por R$ 190 mil em Londres

BBC Brasil

O recorde mundial para o vinho branco mais caro do mundo foi quebrado nesta terça-feira em Londres, com a venda de uma garrafa de 200 anos de idade do Chateau d'Yquem por 75 mil libras, cerca de R$ 190 mil.
O empresário francês Christian Vanneque disse que exibirá a garrafa por trás de um vidro à prova de balas em seu restaurante em Bali, na Indonésia.
No vídeo, o enólogo Stephen Williams, da Antique Wine Company, examina as diferenças entre um vinho raro e um comum. Assista:

terça-feira, 12 de julho de 2011

Revista Brasileiros: por que devemos conhecer os vinhos de Bento Gonçalves

Artigo de Gabriela Monteleone, publicado na Revista Brasileiros - edição nº 44, março de 2011, mostra por que devemos conhecer os vinhos nacionais de Bento Gonçalves

ENQUANTO ISSO NO BRASIL

Gabriela Monteleone*

No mês passado, tive uma experiência deliciosa. Fui acompanhar a colheita e as primeiras etapas da produção de um de nossos espumantes lá no Rio Grande do Sul. Depois de algumas horas tomando um belo chá (de cadeira) no aeroporto, por causa do mau tempo em Porto Alegre, minha principal preocupação era com as uvas que, com a chuva na época da colheita, poderiam ficar com maturação e sanidade comprometidas. Após mais duas horas de carro até Bento Gonçalves, fui brindada com um dia sem chuva e uma bela visita às áreas de cultivo da região do Vale dos Vinhedos.

Berço das uvas
Vale dos Vinhedos é o berço das uvas utilizadas na produção da maioria dos espumantes. Fica situado na Serra Gaúcha e compreende os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. Nessa região, boa parte da produção fica por conta de Chardonnay e Pinot Noir (para os espumantes), porém conta ainda com a produção de Ancelotta, Gamay, Cabernet Sauvignon e Merlot, entre outras, além da produção de uvas de mesa, que produzem sucos de uva saborosíssimos. (Foto: Gilmar Gomes - Prefeitura de Bento Gonçalves)
Inovações técnicas e conceituais

Além da compreensão geográfica, a cultural é essencial para nos conectarmos com os vinhos brasileiros, feitos em sua maioria por imigrantes italianos. As várias inovações, não só conceituais, mas também tecnológicas, são bastante eficazes para a vitivinicultura - desde uma conscientização para a melhor forma de conduzir os vinhedos, até o investimento altíssimo em maquinário - e mostram que os produtores não estão para brincadeira. Máquinas como a Lazo TPC (que faz um controle de pragas e da sanidade dos vinhedos sem utilização de agrotóxico, e sim por um jato de ar quente nas uvas), tanques inoxidáveis e laboratórios extremamente precisos para as análises de produção fazem com que o panorama se torne cada vez mais profissional e competitivo. Devido ao processo de produção diferenciado do espumante, que muitas vinícolas fazem pelo método tradicional (aquele em que a segunda fermentação ocorre na garrafa), o investimento encarece. Dificuldades climáticas e financeiras à parte, é necessário termos o mínimo de conhecimento em relação aos produtos nacionais, a fim de formarmos parâmetros para comparação com os de outros países.

Diferença de quatro séculos

Ao ser questionada sobre a produção de vinhos em terras brasileiras, uma grande produtora de vinhos da Bourgogne, na França, deu uma das respostas mais honestas e brilhantes que já ouvi: "Sim, o Brasil pode fazer bons vinhos, porém o que o difere em relação à Europa, por exemplo, são pelo menos quatro séculos de produção vinícola". Mesmo assim, estamos avançando, já apresentando vinhos feitos de maneira correta que podem ser bebidos de forma muito prazerosa, e também algumas pequenas boas surpresas.

*Graduada em Gastronomia, com especialização em Enogastronomia, e maître-sommelier do restaurante Gero, em São Paulo.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O vinho no cinema - Sideways, entre umas e outras


José Luiz Teixeira (do Blog Imprenso, logo existo!)

Sideways – Entre Umas e Outras, dirigido pelo americano Alexander Payne, está no rol das comédias românticas. Por minha conta e risco, classifico-o como um raro “eno-cult-road-movie”, safra 2004, pois mistura um pouco de tudo. Uma espécie de “assemblage”, como diria um bom conhecedor de vinhos.
“Eno”, vinho em grego, é o pano de fundo para essa história, que se passa em meio aos vinhedos californianos (se bem que o termo poderia remeter àquele famoso sal de fruta, devido ao excesso de degustações dos personagens principais).
Um dos filmes preferidos por enólogos, enófilos e bons gourmets, recebe mais um rótulo: “Cult” - gênero que agrega grupos de fãs devotos, faça sucesso ou não, pouco importando a opinião da crítica especializada. A fama crescente decorre geralmente do sistema "de boca em boca". De email em email. De tuíte em tuíte. Do Orkut ao Facebook. Por pombos-correios. Em torno deste tipo de obra gravita uma legião de admiradores que conhece cada detalhe da produção, do enredo.
Além disso, é visto inúmeras vezes pelo admirador, sempre sujeito a permanentes releituras. “Blade Runner”, o caçador de andróides, é um dos maiores exemplos (qual o significado do unicórnio nos sonhos de Rick Deckard/Harrison Ford? Hein? Hein?). “Blade” teve uma audiência considerável. “Sideways” não. Alcançou fama apenas no País de origem, mas passou ao largo do circuito comercial do Brasil. Entretanto, aqui e acolá, tem os seus fãs de carteirinha: este que vos escreve e mais um monte de amantes de um bom vinho fino.
“Sideways” é também um “road-movie”, pois o personagem principal, Miles, põe o pé na estrada – não como caroneiro, como reza a cartilha de Jack Kerouac. Nem chega a ser um Sá, um Rodrix, um Guarabira ou um Guevara na arte de transitar por caminhos poeirentos. Ele se desloca com o próprio automóvel, com o objetivo principal de afogar as suas maiores mágoas do momento, explicitadas nesta ordem: (1) desilusão amorosa com a ex-esposa; (2) o fracasso editorial de um romance que escreveu; e (3) por estar se achando um lixo de pessoa.
O roteiro de Miles (Paul Giamatti) abrange uma das principais regiões vinícolas americanas, o Vale de Santa Inez, na Califórnia. Mal de grana, ele captura os trocados escondidos por sua mãe. Hospeda-se num hotel de terceira. Vai beber vinhos baratos.
Ele viaja na companhia do amigo Jack (Thomas Haden Church), que transforma a ocasião numa despedida de solteiro, pois o altar o espera na volta.  Péssimo apreciador de vinhos, Jack procura degustar o que mais lhe interessa nesta fase pré-núpcias: a garçonete liberal de uma cantina californiana. Mas ele tem como mérito principal ser uma espécie de inspirador para um filme de sucesso recente: “Se beber, não case”. E como bebe...
Pois bem. Miles é um fracasso como escritor, um fiasco como marido. Busca a própria redenção naquilo que entende bastante, a arte de degustar um bom vinho, mesmo que seja de preço acessível. Entre uma vinícola e outra, experimenta novos vinhos, novos sabores, novas relações sociais.
 Em certo momento do filme, ele expõe a sua preferência pela uva Pinot Noir, cuja mensagem, captada pelos sidemaníacos, fez aumentar as vendas desta casta em 20% nos Estados Unidos. Em outro trecho do filme, Miles faz a execração pública dos tintos merlot, cuja mensagem, também captada pelos fãs, derrubou as vendas deste varietal! Deu para entender agora o que é um filme “Cult”?
O mais curioso é que Miles guarda em casa, para um grande acontecimento, uma garrafa de vinho francês Château Cheval-Blanc, safra 1961, região de Bordeaux, feito com base nas uvas...merlot! Bem volúvel o nosso sommelier!
Mas, afinal, o que o motivará a abrir o raríssimo “Bordeux” quase no final do filme? Para saber, basta assisti-lo, ora. Lembra das garçonetes que eu citei mais acima? Não digo quem fica com quem, mas que elas mandam bem em termos de vinho...
Também sou sincero em afirmar que não deve ser fácil encontrar o DVD nas locadoras. Talvez os telecines da vida o reprisem um dia desses (ou vários dias desses, eh, eh).  Se tiver alguma habilidade na internet, tente baixar via torrent, antes que proíbam. Ou busque no camelô mais próximo de sua residência.
Se nada disso der resultado, e não for amigo de algum sidemaníaco, a única saída é criar o seu próprio roteiro, o Sideways 2: encarnar o espírito de Miles e viajar para o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Uma vinícola está grudada na outra. A degustação é livre. De taça em taça, você sorve na prática garrafas inteiras de vinho em questão de horas. Já fiz isso em viagem de turismo. Imagine o dia em que eu estiver na pior comigo mesmo, ou souber que quase ninguém leu esta crônica...
 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Vinhos brasileiros conquistam dez novos mercados

Foto: José Luiz Teixeira

As sete vinícolas brasileiras presentes na Vinexpo 2011, em Bordeaux, na França, encerram sua participação no evento comemorando sua entrada em dez novos países, além da ampliação das vendas em mercados que já importavam seus produtos. Diante dos ótimos resultados obtidos, a previsão é de que, neste ano, o Brasil ultrapasse a meta inicial de aumentar em 90% suas exportações de vinhos em relação ao ano passado.

Com os negócios fechados na Vinexpo, oito países passam a contar com novas vinícolas brasileiras em seus mercados: China, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Luxemburgo, Estônia e Canadá. Além disso, pela primeira vez, os vinhos do Brasil serão vendidos no México e na Venezuela, aumentando de 27 para 29 o total de países para onde a produção brasileira é exportada.

A feira em Bordeaux também foi importante para que as vinícolas Boscato, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato, Salton e Vinibrasil ampliassem suas vendas em países onde já estão presentes, como, por exemplo, os Estados Unidos, a China, a Grã-Bretanha, a Holanda e a própria França, anfitriã da Vinexpo.

Os franceses em breve já poderão comprar mais vinhos e espumantes da Miolo e conhecer os tintos da Casa Valduga, que até agora comercializava no país apenas sua linha de espumantes. Além disso, a famosa loja de vinhos Lavinia fará uma degustação exclusiva de rótulos brasileiros de 6 a 11 de novembro de 2011, em sua sede no bairro de Madeleine, em Paris.

“Aumentar nossa presença no mercado francês é uma conquista fundamental para os vinhos brasileiros, pois se trata de um país onde os rótulos importados competem em um nicho pequeno e onde o consumidor é altamente exigente”, explica Andreia Gentilini Milan, gerente de exportações do projeto Wines of Brasil, uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção e Exportação (Apex-Brasil).

Com os resultados obtidos pelas vinícolas brasileiras na Vinexpo, o projeto Wines of Brasil estima que as exportações de vinhos do país superem a expectativa inicial de aumentar 90% em relação ao ano passado, quando o faturamento alcançou US$ 2,3 milhões. “Está é a melhor feira de que já participamos. Os vinhos do Brasil não são mais vistos como uma curiosidade exótica e, sim, como produtos de qualidade, preparados para atender os mercados mais competitivos do mundo”, afirma Milan.

Para ela, a marca “Brasil” também é um grande atrativo que não deve ser esquecido. “Nosso país está vivendo um grande crescimento econômico, será sede da Copa do Mundo em 2014 e terá a Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016. Este bom momento do Brasil dá credibilidade aos nossos vinhos”, reforça.

Os expositores brasileiros notaram uma presença maior de grandes importadoras e distribuidoras europeias, americanas, canadenses e asiáticas no stand do Wines of Brasil. “Até pouco tempo atrás, éramos nós que íamos bater à porta delas, mas agora são elas que estão nos procurando. Vou guardar em um cofre os cartões dos contatos da feira deste ano”, afirma Morgana Miolo, gerente de exportações da Miolo.

No primeiro trimestre deste ano, as exportações de vinhos engarrafados do Brasil cresceram 144% em relação ao mesmo período de 2010. Além disso, no ano passado, o Reino Unido passou a ser o maior importador dos vinhos brasileiros, em transações que movimentaram 385% a mais do que no ano anterior. Também em 2010, o valor médio por litro exportado pelas empresas que lideram o ranking das exportações brasileiras cresceu 63%, o que indica que o Brasil está vendendo produtos de maior valor agregado.
Otimismo nas exportações

Seguindo uma grande tendência mundial no setor, o Wines of Brasil também está concentrado em expandir suas exportações no mercado asiático, principalmente em Hong Kong, um de seus oito mercados-alvo. Como parte da estratégia brasileira naquele continente, seis vinícolas irão ao Hong Kong International Wine Fair, em novembro. Os vinhos brasileiros também estarão, ainda este ano, em importantes eventos de degustação e promoção nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Finlândia e Cingapura.

Fonte: Revista Globo Rural

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vinho brasileiro é motivo de festa na Finlândia

Entrada do espaço de degustação dos vinhos brasileiros em Kuopio. (Foto: Antti Uusitalo)

Seis vinícolas gaúchas – Aurora, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e Salton – tiveram seus vinhos e espumantes selecionados para participarem do Kuopio Wine Festival [Festival de Vinhos de Kuopio], edição 2011, que acontece desde o dia 1º de julho na cidade de Kuopio, na Finlândia Oriental. O evento termina no dia 9 de julho.
Durante toda a semana, os vinhos verde-amarelos estão sendo servidos com cardápios da culinária brasileira, embalados pelo samba e pela bossa nova. Todos os dias também ocorrem degustações guiadas sobre os rótulos brasileiros, abordando as características da produção nacional de vinhos.
As degustações duram meia hora em uma sala com capacidade para 80 participantes, que pagam 14 euros para saberem mais sobre os vinhos brasileiros.
Hoje, nenhum vinho brasileiro é comercializado na Finlândia. Depois do festival, a inclusão de rótulos verde-amarelos na carta dos estabelecimentos especializados é tida como certa. Segundo a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, os compradores irão solicitar ao monopólio responsável pela compra e distribuição de vinhos na Finlândia que inclua os produtos brasileiros na licitação que será aberta em outubro ou novembro deste ano.
“Eles acreditam que a divulgação dos vinhos brasileiros que será feita pelo festival vai gerar uma demanda entre os consumidores, então, é preciso ter produtos à venda na Finlândia antes, durante e depois do evento”, observa Andreia.
A escolha dos vinhos brasileiros para participar do festival de Kuopio ocorreu após uma visita da comitiva finlandesa ao estande do projeto Wines of Brasil, realizado em parceria pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), na ProWein do ano passado, em Düsseldorf, na Alemanha.
 “É uma grande honra ter vinhos brasileiros escolhidos para participarem como homenageados deste importante festival de vinhos da Finlândia, voltado estritamente para os consumidores”, diz Andreia. Em 2009, os vinhos alemães foram o destaque do festival. Em 2010, foi a vez dos vinhos das ilhas do Mediterrâneo (Sicília, Creta, Maiorca e Córsega).
O evento (http://www.kuopiowinefestival.com/) acontece em pleno verão finlandês, em Kuopio, a maior cidade da Finlândia Oriental, com 90 mil habitantes, oferecendo muita música, comida e vinhos. O festival acontece na Vila do Vinho, no porto, às margens do lago Kallavesi.

Curiosidades locais

- O Kuopio Wine Festival acontece todos os anos, sempre com um país homenageado.
- Kuopio é uma cidade da região da Savônia do Norte na província da Finlândia Oriental. Tem cerca de 90 mil habitantes e é a maior cidade da Finlândia Oriental, ocupando uma área de 1.730 km².
- A cidade é rodeada pelo lago Kallavesi e muitas das suas partes foram construídas em ilhas.
- Kuopio é conhecida por ser o berço dos pastéis de peixe finlandeses Kalakukko, pelo dialecto Savo, pela colina de Puijo e pela torre de Puijo, que oferece ao visitante uma vista magnífica da região. A colina de Puijo recebe também uma competição anual de salto em esqui.
- É conhecida como o centro cultural da Finlândia Oriental, oferecendo diversos eventos importantes como o festival de dança de Kuopio e o festival de vinho de Kuopio.
Fonte: Ibravin

Julia Harding elogia qualidade crescente dos vinhos do Brasil

Julia Harding, braço direito da mais famosa crítica de vinhos do mundo, Jancis Robinson, acaba de divulgar suas opiniões sobre os vinhos brasileiros no site http://www.jancisrobinson.com/. E a avaliação é altamente positiva. 
No site, ela publica notas de degustação de 138 rótulos de 16 vinícolas (Aurora, Casa Valduga, Don Giovanni, Don Guerino, Don Laurindo, Dunamis, Geisse, Lidio Carraro, Miolo, Piagentini, Pizzato, Perini, Peterlongo, Salton, Sanjo e Santo Emílio) que ela provou no Brasil.
A última vez que Julia havia degustado os produtos verde-amarelos foi há seis anos, quando estava selecionando rótulos de produtores para a 6ª edição do Atlas Mundial do Vinho. “Não tenho dúvida dos progressos que têm sido conquistados desde então, não apenas nos vinhos mais ambiciosos, mas também nos baratos vinhos varietais”, destaca.
As notas atribuídas aos vinhos brasileiros foram de 15 a 18, numa escala cuja pontuação máxima é 20. Teve apenas um 14,5. A maioria dos rótulos ganhou 17 de nota média – índice conferido aos melhores vinhos do mundo por Julia Harding e Jancis Robinson.
Dois vinhos (Lidio Carraro Elos Cabernet Sauvignon/Malbec 2008 e Lidio Carraro Quorum Grande Vindima 2005) e um espumante (Cave Geisse Brut 1998) receberam as maiores notas (18) entre os 138 produtos verde-amarelos degustados.
“Os vinhos brasileiros se saíram muito bem. Grandes vinhos franceses de Bordeaux e Borgonha costumam receber notas de 17 a 18, assim como os champagnes franceses”, compara a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.
Na comparação  entre os vinhos degustados e os espumantes nacionais, fartamente elogiados no mundo, Julia vê mais potencial nos vinhos brasileiros do que nos espumantes."A meu ver, os espumantes estão no ápice, enquanto os tintos ainda têm muito a ser explorados”, vaticina.
Na degustação, a britânica verificou diferentes estilos dentre os rótulos degustados. Ela gostou bastante do estilo geral, que mantém o frescor da fruta, a pureza e o álcool moderado. “O vinho brasileiro é leve e prazeroso, pode ser bebido mais de uma taça”, observa. “A qualidade me impressionou, especialmente porque não provei nenhum vinho ruim ou defeituoso. Ao contrário, todos estavam bem balanceados, desde os mais baratos aos mais caros”, elogia.

Preferências

As variedades mais apreciadas por Julia nos vinhos brasileiros foram Cabernet Franc, Tannat, Cabernet Sauvignon e a Merlot. Mas ela fez uma ressalva importante. “Há muito Merlot no mercado”. Julia ficou surpresa com a jovialidade dos vinhos brasileiros. “Mesmo após quatro, cinco anos, eles mantém muita fruta e frescor. Por isso os vinhos do Brasil não são exóticos, são sim frescos e puros”, sentencia.
Sobre os espumantes, Julia diz que os elaborados pelo método Charmat se destacaram mais, até porque ela esperava mais complexidade nos do método tradicional. “Devo abrir uma exceção para os espumantes feitos pelo método tradicional da Vinícola Geisse”, salienta.
Segundo Julia, os espumantes brasileiros têm mais fruta e são bem mais interessantes do que os Prossecos e as Cavas com preços de até 6 libras. Acerca dos espumantes moscatéis, que na Inglaterra concorrem com os Astis, ela acha as borbulhas brasileiras mais delicadas e com mais qualidade.
A respeito dos vinhos brancos, a britânica diz que não degustou amostras suficientes para ter um parecer. Julia recomenda que seria um erro focar em uma variedade emblemática para representar o Brasil. “É melhor trabalhar algumas que sejam fortes, mas também não procurem centenas de variedades”, sugere.
Uma crítica feita por Julia é a influência demasiada de sabor doce de carvalho americano, mesmo quando usado com moderação, que contrastava com o frescor da fruta e a acidez brilhante. Para encerrar, ela aposta em um bom futuro para os vinhos e espumantes brasileiros, desde que se mantenha boa qualidade por um bom preço, mantendo os frescos e bem equilibrados estilos, com álcool moderado e indo além das variedades tradicionais, como Merlot e Chardonnay.

Visita

A primeira visita de Julia Harding ao Brasil ocorreu de 1º a 4 de março deste ano na Serra Gaúcha, a convite do Projeto Imagem Internacional do Wines of Brasil, realizado em parceria pelo Ibravin e pela Apex-Brasil.
Junto com o norte-americano Theodore Michael Luongo, jornalista independente da revista Wine Enthusiast, uma das mais importantes dos Estados Unidos, Julia Harding visitou nove vinícolas (Miolo, Pizzato, Casa Valduga, Geisse, Perini, Aurora, Lidio Carraro, Don Guerino e Salton) e degustou produtos de outras sete empresas – Dunamis, Don Laurindo, Don Giovanni, Peterlongo, Piagentini, além de Sanjo e Santo Emílio, do Planalto Catarinense.
Nos dias 6 e 7 de março, Julia e Loungo assistiram aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro no camarote da Apex-Brasil na Marquês de Sapucaí, que foi abastecido por vinhos e espumantes brasileiros. “O interesse de uma das mais importantes conhecedoras de vinhos do Brasil, braço direito de Jancis Robinson, é um reconhecimento sobre o estágio avançado de qualidade que os vinhos brasileiros alcançaram”, afirma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.
Ela lembra que entre os livros escritos e editados por Jancis Robinson e Julia Harding está o conhecido Atlas do Mundo do Vinho, que cita os vinhos brasileiros.
O norte-americano Theodore Michael Luongo veio com uma missão especial: produzir um suplemento exclusivo sobre os vinhos brasileiros para a revista Wine Enthusiast, que será publicado em setembro.

Resumo das avaliações de Julia Harding

- Acidez fresca e álcool moderado – bebível e digerível e bom acompanhamento para comidas
- Sabores puros e brilhantes da fruta sem ser muito doces ou pesados – e a fruta parece ser notável ao se manter fresca num primeiro plano até mesmo após vários anos engarrafada.
- Equilíbrio e sutileza em todos os níveis de preço.
- Bem elaborados – não degustei nenhum vinho com problemas ( embora não esteja dizendo que não exista nenhum)
- Não são maduros demais ou oxidados – e não geralmente OTT e não muita evidência de carvalho demasiado.
- Vinhos tintos secos possuem fruta fresca que não parece desaparecer e não são muito doces.
- Taninos saborosos e secos.
- Os vinhos brancos foram os menos impressionantes (embora eu tenha degustado muito poucos)
- Os espumantes têm mais sabor que qualquer Cava ou Prosecco.
- Espumantes elaborados pelo método tradicional, com algumas exceções como Geisse, geralmente não demonstram muito caráter autolítico e não sobressaem facilmente espumantes método Charmat.
- Muitos espumantes pelo método Charmat estavam deliciosamente frescos e vivos.
- Rosés secos demonstram potencial (embora digam que é difícil vendê-los no mercado doméstico).
- Algo que não mencionei mas que me incomodou em alguns vinhos foi o gosto adocicado influenciado pelo carvalho americano, até mesmo quando usado em moderação, o qual parecia se relevar pelo frescor contrastante da fruta e acidez marcante. O custo relativo do carvalho americano x francês são a razão óbvia pela prevalência do primeiro, mas eu argumentaria pela utilização de mais vinhos sem carvalho que revelam a pureza da fruta.
Fonte: Ibravin

                                                                               Fotos: Orestes de Andrade Jr.
Julia Harding diz que não provou nenhum vinho ruim ou defeituoso. “Ao contrário, todos estavam bem balanceados, desde os mais baratos aos mais caros”, declara, enaltecendo os progressos que têm sido conquistados nos últimos anos pelos vinhos do Brasil.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O vinho uruguaio já tem hotel temático


Em sintonia com os países que mais produzem vinhos no mundo, o Uruguai já conta com um hotel temático para promover os vinhos uruguaios. Trata-se do My Suites Montevideo Boutique Hotel & Wine Bar, que foi inaugurado recentemente pelo Presidente da República, José Mujica.
O hotel, de propriedade da família Rener, está localizado no bairro de Pocitos e tem quatro estrelas. Cada andar foi dedicado a um exportador de vinho. Assim, de acordo com a localização do apartamento, o hóspede encontrará um minibar no seu quarto com produtos da adega homenageada, bem como mais informações sobre a vinícola.
O hotel também dispõe de um bar de vinhos com telhado de vidro e vista para um jardim interno, onde se podem degustar os vinhos uruguaios em ambiente muito agradável, especialmente na primavera.
Todas as noites, os hóspedes podem participar de um tour de degustação de vinhos do sommelier do hotel. Os produtores homenageados pelo My Suites Montevideo são Ariano, Marichal Bodega, Bodegas Castillo Viejo, vinho estabelecimentos Irurtia, Giménez Méndez, Grupo Traversa, Juan Toscanini e Hijos SA, Los Cerros de San Juan, Vinos Finos H. Stagnari e Viña Varela Zarranz.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

E por Falar em Vinhos: a Serra Catarinense e a produção que veio do frio

Os vinhedos plantados a mais de mil metros acima do nível do mar dão origem a uma bebida original: os vinhos de altitude, oriundos da Serra Catarinense. Nesta região, os frutos têm outra qualidade por que o frio faz o serviço. 18 graus separam as temperaturas entre o dia e a noite e contribuem para dar personalidade à produção local. Por exemplo: a cabernet sauvignon produz um aroma mais intenso do que em outras regiões brasileiras, como afirmam enólogos das vinícolas da Serra.
Neste episódio do programa E por falar de Vinhos, do Canal Rural, que foi ao ar no dia 5 de junho de 2011, o município de São Joaquim é o foco. Saiba mais sobre as atividades das vinícolas Pericó e Villa Francioni e conheça os detalhes da produção do ice wine brasileiro.

E por falar em Vinhos: aos domingos, às 20 horas, no Canal Rural

SAIBA MAIS:
Vinícola Villa Francioni
Vinícola Pericó
Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos finos de Altitude - Acavitis

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E por falar em vinhos: os segredos da bebida produzida na Campanha Gaúcha

Candiota, Dom Pedrito e Bagé. A produção de vinhos de três localidades da chamada Campanha Gaúcha é o destaque do Programa "E Por Falar em Vinhos", apresentado no dia 12 de junho no Canal Rural.
A Campanha é a 2ª maior região produtora de uvas viníferas do País ficando atrás apenas da Serra Gaúcha e representa 15% da produção nacional.
Por ali passa o Paralelo 31, objeto de estudo na década de 70, que constatou as condições ideais de clima e solo para a vitivinicultura.
Em Candiota, o programa aborda a produção da Miolo na região do Seival, antigo palco de batalhas durante a Revolução Farroupilha. O destaque é s experiência da vinícola com as casta portuguesas.
Em Dom Pedrito, a vinícola Guatambu - Estância do Vinho procura aproveitar ao máximo as qualidades do clima e do solo para incrementar a sua produção de vinhos.
Em Bagé, na Cabana da Maya, produtora de queijos, acontece um exemplo de harmonização com os vinhos da Vinícola Peruzzo: um chardonnay e um cabernet sauvignon.
Assista à reportagem.


"E por falar em Vinhos", Canal Rural, aos domingos às 20 horas

SAIBA MAIS:
Embrapa: um projeto de desenvolvimento vitivinícola para a Campanha do RS
Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha